2. a arma do crime estava em seu poder;
3. suas impressões digitais estavam por toda parte;
4. havia testemunhas contra ela;
5. ela tinha antecedentes criminais;
6. ela foi autuada em flagrante;
7. e ela confessou o crime.
No dia do julgamento, o que poderia o juiz fazer?
"Fazendo pleno uso do poder que me é conferido, e, no exercício legal de minhas atribuições, determino que a ré, a partir desta data, fica absolutamente livre de todas as acusações que lhe são imputadas, e, que a partir desse momento, eu assumo a culpa de seu crime e cumprirei a pena em seu lugar".
A pena era longa e o misericordioso juiz morreu na prisão.
Essa estória nos traz à memória, mais uma vez, o sacrifício que fez Jesus Cristo por nós quando, com sua vida, pagou por todas nossas iniqüidades (Is 53:5).
Mas ao contrário do triste fim do juiz, ao terceiro dia, Jesus ressuscitou, e continua livrando de um duro destino todo aquele que, arrependido, O busca e O aceita como seu único Salvador.
Todos os dias, faço a mesma coisa, saio de casa às11:40h, vou até a rodoviária, entro no ônibus que sai da rodoviária às 12h, faço o mesmo caminho sempre, na BR 116, paro na pista
em registro, vou andando até a faculdade, são 20min, chego e começo a trabalhar. É incrível como conseguimos fazer a mesma coisa todos os dias, e até mesmo sem pensar.
Mas hoje, sentado na minha frente, no ônibus, tinha um garotinho lindo, que deve ter seus três anos de idade, com sua mãe. Ele sentou no lado do corredor, até que o ônibus
começou a andar, e o mais rápido possível pediu para sua mãe deixar que ele sentasse na janela.
Durante todo o trajeto, aquele garotinho ficava maravilhado com tudo o que via:
Olha o caminhão mãe! Olha o rio! Que rio mais sujo! Tinha uma menininha no carro mãe! Olha o boi! Não, motorista, não deixa ele passar da gente!
O garoto me chamou a atenção, tanto que guardei o caderno, no qual estava estudando para a prova, e comecei a observá-lo. Eu olhava para o garoto tão entusiasmado com todas as
coisas novas que estava vendo.
Mas o restante das pessoas que estavam no ônibus, continuava com os olhos fixos no nada, indiferentes, talvez pensando em seus problemas, ou o que teriam que fazer quando
chegassem ao seu destino, ou muitos até estavam admirando o garoto, mas não transpareciam. Até mesmo a mãe do garoto, pouco olhava para aquele momento tão lindo dele.
Me coloquei a pensar! Nós nos acostumamos com as coisas! Nos acostumamos com o sol, com a chuva, com o frio, com o calor, com o vento, com as flores, com as árvores, com o
sorriso das pessoas, com os olhares, com os carinhos, com os gestos. Tudo passa a ser normal em nossa vida. Quando as coisas deixam de serem novas elas viram rotineiras e acabam desmerecendo nossa atenção.
Para aquele garoto tudo era tão novo. Mas será que na volta ele agiria da mesma forma? Talvez se ele sentasse no mesmo lugar, na volta ele estaria visualizando o outro lado da
pista, e novas coisas veria. Mas se sentasse do outro lado, seria tudo a mesma coisa. E o entusiasmo poderia não existir.
Nos acostumamos com nossa vida de "religiosos", acostumamos a ir na Igreja nos cultos de doutrina, de oração, nos fins de semana. Nos acostumamos a cantar os mesmos hinos, a usar as mesmas palavras nas orações...
Nossa vida precisa ser como de uma criança, onde tudo é novo!! Ou então não veremos mais a beleza de viver, e ficaremos mudando de posição em posição, sem nunca
encontrarmos o que procuramos.
Se você se sente assim, acostumado com vida, sente na janela, peça para Deus te fazer voltar alguns metros atrás, e você vai ver, que pelo caminho que passou, tinham coisas
maravilhosas, que você não viu, porque estava olhando para o nada.
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