Mas qual é mesmo o tempo de validade de um namoro?
Houve tempo em que o namoro durava , tudo na intenção de um possível casamento.
Havia encontros românticos na casa da moça até certo horário, diálogos na sala ou no portão da casa, abraços e beijos limitados, sempre com planos para o futuro. Hoje este tipo de relação é motivo de piada. Namoro hoje é ficar, sempre com camisinha no bolso. Mas será que não está aí o fracasso do próprio namoro no casamento?
Na verdade todos estão sendo vítimas de uma propaganda enganosa e maldosa, que nos tenta vender a idéia de que feliz é aquele que experimenta e troca. É a filosofia do consumismo pela novidade, da experimentação, do teste-drive, do tira-gosto. Infelismente tem sido assim nos dias de hoje.
O ser humano perdeu o respeito para com o seu proxímo, tem condicionado os sentimentos como qualquer mercadoria. Como por exemplo: É assim nos supermercados com banquinhas por todos os corredores nos oferecendo uma prova de novos produtos. Na atualidade tem sido assim nos relacionamentos do namoro e do próprio casamento. É preciso experimentar, usar bem, saborear ao máximo. Mas o pior é que logo surgem outras novidades, novas atrações. E daí o negócio mesmo é trocar. Será?
Vinícius de Moraes no poema Soneto da Fidelidade, falando sobre o amor, diz no final a maior besteira que alguém podia expressar: "Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure". Mas que conversa é esta? O amor é eterno enquanto dura? Que bobagens são estas que estamos engolindo? Coisas como “vamos ficar juntos enquanto estiver legal, enquanto nossos sentimentos estiverem emocionando nosso relacionamento. Quando acabarem as emoções e o amor, cada um então siga o seu caminho”.
Melhor mesmo é ouvir o poema do apóstolo Paulo que diz tudo aquilo que um namoro precisa ter: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado... O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno” (1Co.13.4-8)
É claro que o nosso amor está muito longe de ser tudo isto. Mas a gente pode chegar lá. Caso contrário, o mesmo apóstolo Paulo não escreveria: “marido, ame a sua mulher assim como Cristo amou a igreja e deu a sua vida por ela” (Ef.5.25). O segredo deste amor é o próprio Cristo.
O Casamento, um projeto da graça de Deus
“O meu povo perece por falta de conhecimento!” (Oséias 4:6)
Os sentimentos mais nobres que norteiam o matrimônio estão baseados no amor mútuo, no companheirismo e na lealdade, seguidos de um compromisso de vida à dois. Por esse ângulo entendemos que o amor sem compromisso vale tanto quanto o ódio. O nosso Deus é Deus de propósitos. Por isso ao estabelecer o casamento, instituiu três propósitos básicos para mantê-lo:
TRÊS PROPÓSITOS BÁSICOS
* QUE O CASAL SEJA UMA UNIDADE
Ao unirem-se em matrimônio o marido e a mulher passam a ser uma só carne, como está escrito no evangelho. Respondeu-lhe Jesus: “ Não tendes lido que o Criador os fez homem e mulher desde o princípio, e que ordenou: por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á a sua mulher e serão os dois uma só carne. Portanto o que Deus uniu, não separe o homem”. Esse é o princípio que deve ser praticado pelo casal. O Senhor Jesus, em sua oração sacerdotal pede que sejamos um, assim como ele é com o Pai. ( João 17:11-21) O apóstolo Paulo reafirma que os maridos devem amar as suas esposas como Cristo amou a Igreja. (Efésios 5: 25,26), e que as esposas devem amar os seus maridos como a Igreja deve ser dedicada a Cristo. Este princípio ensinado por Cristo, leva-nos a entender que quando o esposo trata a esposa com amor verdadeiro, à maneira de Cristo, esse facilita para que as esposas lhe sejam submissas. Quando as esposas aceitam a submissão ao marido – não como escravas, mas como companheira tornam fácil os maridos amarem suas esposas. O desejo de Deus para um casamento abençoado, é sobretudo que exista um perfeito equilíbrio, pois apesar de serem uma só carne, é necessário que exista respeito a individualidade de cada um.
* QUE O CASAL SEJA FELIZ
Um dos princípios bíblicos é que devemos viver intensamente a vida conjugal com alegria. O livro de cantares de Salomão dá-nos esse exemplo, mostrando toda beleza de um relacionamento ideal entre o homem e a sua mulher. O amor definido no livro de Cantares não mostra um sentimento passageiro com relação a tudo que traz prazer e poesia ‘a vida, quando diz: “ É melhor do que o vinho” e “ Do teu amor nos lembraremos mais que o vinho, não é sem razão que te amam”. O vinho, aqui descrito é apenas uma alegoria, e o que o autor deseja exprimir nessa comparação é uma efusão de alegria que deve existir num relacionamento conjugal abençoado por Deus (Cantares 1:2 e 1:4) O amor conjugal deve ser como um banquete de almas, uma celebração de alegria pelo prevalecer de dois seres sobre o egoísmo indômito, adversário daqueles que desejam ser apenas um. Esta alegoria representada pelo vinho, em Cantares, é a mais bela expressão que o casamento pode representar.
* QUE O CASAL SEJA MULTIPLICATIVO
Deus quer que os filhos venham ao mundo numa atmosfera de alegria e amor e sejam eles os frutos do amor. Os filhos, à medida que vão crescendo, vão se espelhando na vida diária dos seus pais; sentindo alegria quando esses mostram alegria, felicidade e proteção, mas sobretudo amor quando vêem isso neles.
O PRIMEIRO CASAL A EXPERIMENTAR A GRAÇA DE DEUS
O maravilhoso relato sobre o relacionamento de Deus para com o ser humano, e de um ser humano para o outro, se encontra logo nos primeiros capítulos da Bíblia Sagrada. (Gênesis 1:26-28) Também a narrativa de sua criação segundo a imagem e semelhança de Deus. (Gen. 2:22). A mensagem do texto mostra claramente que Ele a criou a mulher cuidadosamente, com propósitos específicos. Adão, fora criado do pó da terra, mas Eva, de sua costela. Vejamos que Eva , tirada da costela de Adão, dá-nos a nítida certeza de que fora criada para ser sua companheira e adjutora.
O DESLIZE PARA FORA DO PROJETO DE DEUS
Num instante tudo mudou para Adão, Eva e também para toda a humanidade. Momentos antes eles se encontravam em plena comunhão com o Criador, e dependiam totalmente D’Ele, mas agora suas vidas estavam completamente mudadas, e o pecado fazia-os sentir vergonha e impulsionava-os para se esconderem entre os arbustos. Daí em diante todo o projeto de se tornarem uma só carne acabou, transformando-se em mútuas acusações.
MOSTRAS DE RELACIONAMENTOS DESVIRTUADOS
Três pontos básicos nos mostram como esses acontecimentos nos afetam como maridos e esposas nos dias de hoje:
* Sentiram medo de Deus e esconderam-se D’Ele.
* Sentiram vergonha um do outro.
* Acusaram-se mutuamente.
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