Guardar Rancor e Estourar de Raiva!
Uma
senhora escreveu para um escritor de um jornal com os sentimentos
feridos. Ela tinha sido convidada para jantar na casa do filho pela
primeira vez após o casamento, e sentou-se à esquerda dele, enquanto a mãe da
esposa se sentou à sua direita, contrariando as regras da etiqueta. Ela
pretendia nunca mais retornar à casa do filho.
Se eu fosse o filho, provavelmente me teria sentido culpado exatamente por essa
falha de etiqueta, não porque eu pretendesse insultar minha mãe e honrar minha
sogra, mas porque ignoro completamente as sutilezas das finezas sociais.
Será que
nós, como cristãos, guardamos mágoa contra outras pessoas por negligências
reais ou imaginárias? Se aquela mãe cumpre a promessa de nunca mais visitar o
filho, haverá inimizade entre eles e uma fila de simpatizantes de um lado ou de
outro que podem nem saber o que ocasionou a inimizade.
Dessas pequenas coisas advêm às
divisões e as facções na igreja. Paulo disse que o ódio "inimizades"
é uma obra da carne. A palavra ódio quer dizer. Antipatias, falta
de amor, produzindo contendas e dissensões.
Esta palavra é o oposto de agape
(amor). Podemos ter algum entendimento dessa obra da carne quando
entendemos o fruto do Espírito que se lhe opõe, o amor, como revela “Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39), “Não há justo, nem sequer um” (Romanos 3:10) e “Portanto,
tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles” (Mateus 7:12). Amamos o
próximo como a nós mesmos quando não causamos mal a ele e não lhe fazemos nada
que ele não quer.
O ódio é vingativo, retaliatório,
produzindo rancor e mágoa em relação às outras pessoas. Além de causar
dano às outras pessoas, é prejudicial para aquele que o nutre no coração.
Torna-o amargurado e o corrói por dentro. Praticar essa obra da carne é
possuir as qualidades que produzem inimigos. Podemos ter inimigos, mas
eles não podem surgir por causa da nossa malfeitoria. Paulo disse:
"Se possível, quanto depender de
vós, tende paz com todos os homens" (Romanos 12:18).
As seitas e as facções brotam das
inimizades. Os problemas nas congregações muitas vezes se atribuem a
"conflitos de personalidade". Fico pensando se não seria melhor
dizer "inimizades".
Dizemos que alguém estourou quando perde o controle. O ferro de um
martelo ou de um machado escapando do cabo pode causar muito prejuízo. “pondo
força na sua mão com o machado para cortar a árvore, o ferro saltar do cabo e
ferir o seu próximo de sorte que venha a morrer” (Deuteronômio 19:5). Iras significa ira
acalorada ou paixão, surtos ou ataques de raiva. Essa obra da carne é
perigosa para os cristãos como o é o cabo solto do machado numa floresta cheia
de homens trabalhando.
Nos ataques de raiva, a língua se
solta e as coisas são ditas sem que se possa voltar atrás. Tiago compara
a língua ao fogo, do qual uma só faísca pode causar um grande incêndio “Assim
também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão
grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a
língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina
todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo
inferno” (Tiago
3:5-6). Quem se ira com facilidade age tolamente, atiça a contenda e
transborda na transgressão “Vai-te da presença do homem insensato,
pois nele não acharás palavras de ciência” (Provérbios 14:17); “Quando os justos governam,
alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme” (Provérbios 29:22).
"Cruel é o furor, e impetuosa, a
ira" (Provérbios 27:4). “não dado ao vinho, não
espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso” (1 Timóteo 3:3; “Pois
é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus” (Tito 1:7).
Algumas pessoas se orgulham de ser iracíveis, achando que isso denota
resistência ou força, mas o escritor de Provérbios afirmou: "Melhor é o langânimo do que o herói da
guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade"
(Provérbios 16:32). Outros justificam os seus acessos de raiva
dizendo: "Eu sou assim mesmo, nasci desse jeito", passando a
culpa para Deus, que os fez, os para os antepassados de quem pensam ter herdado
esse traço. Mas podemos controlar-nos. Devemos despojar-nos da ira “mas
agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da
maledicência, das palavras torpes da vossa boca” (Colossenses 3:8). Não
nos seria mandado fazer algo de que não fôssemos capazes.
As obras da carne e o fruto do
Espírito não se combinam. Não é possível produzirmos o fruto do amor e ao
mesmo tempo nutrir inimizades no coração, e não podemos exercer o domínio
próprio, um fruto do Espírito, e ter acessos de raiva; mas o amor, fruto do
Espírito, eliminará as inimizades, e o domínio próprio nos impedirá de
"estourar".
Os bebês em Cristo que, antes de ser filhos de Deus, eram culpados de inimizades
e de iras, podem experimentar problemas com elas. Nós que já somos
crescidos não. Já devem ter sido eliminadas. Os cristãos jovens
devem crescer nisso bem como em outras áreas. Antes de relacionar as
obras da carne e o fruto do Espírito, Paulo disse: "Andai
no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne"
(Gálatas 5:16). A palavra escondida no coração nos impedirá de pecar “Escondi
a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti” (Salmos 119:11).
Alguém que por um instante
fracasse na questão das inimizades e da ira pode encontrar o perdão de Deus por
meio do arrependimento, da confissão e da oração.
Olá, paz do Senhor!
ResponderExcluirQueria antes de mais nada agradecer a visita ao meu blog covildokoiote.blogspot.com que bom que gostou!
Claro que tenho interesse em uma parceria! Desculpe a demora em responder, tive alguns dias bem atribulados que afetaram até minha criatividade. Mas desistir nunca! :)
Me mostre qual o banner que posso usar para divulgar o teu blog.
Fica com Deus e um forte abraço! :)
Koiote